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terça-feira, 30 de março de 2010

História da Anatomia Humana

O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da Itália com Alcméon de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico da escola hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação. Aristóteles mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos paradigmata, que provavelmente eram figuras baseadas na dissecação animal. No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram dissecações humanas de modo sistemático. A partir do ano 150 A..C. a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e religiosas. O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico, porém só se conhecia através das dissecações em animais.

No século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os resultados obtidos na anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo, alguns erros foram inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os achados em cadáveres humanos. Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da “causa final”, um sistema teológico que requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia. Porém não chegaram até nós as ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as “séries de cinco figuras” medievais dos ossos, veias, artérias, órgãos internos e nervos são provavelmente cópias de desenhos anteriores. Invariavelmente, as figuras são representadas numa posição semelhante a de uma rã aberta, para demonstrar os diversos sistemas, às vezes, se agrega uma sexta figura que representa uma mulher grávida e órgãos sexuais masculinos ou femininos. Nos antigos baixos-relevos, camafeus e bronzes aparecem muitas vezes representações de esqueletos e corpos encolhidos cobertos com a pele (chamados lêmures), de caráter mágico ou simbólico mais que esquemático e sem finalidade didática alguma.

Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que intelectuais. A guerra não era um assunto local e se fez necessário dispor de meios para repatriar os corpos dos mortos em combate. O embalsamento era suficiente para trajetos curtos, mas as distâncias maiores como as Cruzadas introduziram a prática de “cocção dos ossos”. A bula pontifica De sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que alguns historiadores acreditaram equivocadamente proibir a dissecção humana, tentava abolir esta prática. O motivo mais importante para a dissecação humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões essencialmente médico-legais, de averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou elucidar a natureza da peste ou outra enfermidade infecciosa. O verbo “dissecar” era usado também para descrever a operação cesariana cada vez mais freqüente. A tradição manuscrita do período medieval não se baseou no mundo natural. AS ilustrações anteriores eram aceitas e copiadas. Em geral, a capacidade dos escritores era limitada e ao examinar a realidade natural, introduziram pelo menos alguns erros tanto de conceito como de técnica. As coisas “eram vistas” tal qual os antigos e as ilustrações realistas eram consideradas como um curto-circuito do próprio método de estudo.

A anatomia não era uma disciplina independente, mas um auxiliar da cirurgia, que nessa época era relativamente grosseira e reunia sobre todo conhecer os pontos apropriados para a sangria. Durante todo o tempo que a anatomia ostentou essa qualidade oposta à prática, as figuras não-realistas e esquemáticas foram suficientes. O primeiro livro ilustrado com imagens impressas mais do que pintadas foi a obra de Ulrich Boner Der Edelstein. Foi publicada por Albrecht Plister em Banberg depois de 1460 e suas ilustrações foram algo mais que decorações vulgares. Em 1475, Konrad Megenberg publicou seu Buch der Natur, que incluía várias gravuras em madeira representando peixes, pássaros e outros animais, assim como plantas diversas. Essas figuras, igual a muitas outras pertencentes a livros sobre a natureza e enciclopédias desse período, estão dentro da tradição manuscrita e são dificilmente identificáveis.

Dentre os muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica ilustrativa no começo do século XVI, dois ocuparam lugar destacado: o primeiro foi o final da tradição manuscrita consistente em copiar os antigos desenhos e a conversão da natureza em modelo primário. Chegou-se ao convencimento de que o mais apropriado para o homem era o mundo natural e não a posteridade. O escolasticismo de São Tomás de Aquino havia preparado inadvertidamente o caminho através da separação entre o mundo natural e o sobrenatural, prevalecendo a teologia sobre a ciência natural. O segundo fator que influiu no desenvolvimento da ilustração científica para o ensino foi a lenta instauração de melhores técnicas. No começo os editores, com um critério puramente quantitativo, pensaram que com a imprensa poderiam fazer grande quantidade de reproduções de modo fácil e barato. Só mais tarde reconheceram a importância que cada ilustração fosse idêntica ao original. A capacidade para repetir exatamente reproduções pictóricas, daquilo que se observava, constituiu a característica distinta de várias disciplinas científicas, que descartaram seu apoio anterior à tradição e aceitação de uma metodologia, que foi descritiva no princípio e experimental mais tarde.

As primeiras ilustrações anatômicas impressas baseiam-se na tradição manuscrita medieval. O Fasciculus medicinae era uma coleção de textos de autores contemporâneos destinada aos médicos práticos, que alcançou muitas edições. Na primeira ( 1491) utilizou-se a xilografia pela primeira vez, para figuras anatômicas. As ilustrações representam corpos humanos mostrando os pontos de sangria, e linhas que unem a figura às explicações impressas nas margens. As dissecações foram desenhadas de uma forma primitiva e pouco realista. Na Segunda edição (1493), as posições das figuras são mais naturais. Os textos de Hieronymous Brunschwig (cerca de 1450-1512) continuaram utilizando ilustrações descritivas. O capítulo final de uma obra de Johannes Peyligk (1474-1522) consiste numa breve anatomia do corpo humano como um todo, mas as onze gravuras de madeira que inclui são algo mais que representações esquemáticas posteriores dos árabes. Na Margarita philosophica de George Reisch (1467-1525), que é uma enciclopédia de todas as ciências, forma colocadas algumas inovações nas tradicionais gravuras em madeira e as vísceras abdominais são representadas de modo realista. Além desses textos anatômicos destinados especificamente aos estudantes de medicina e aos médicos, foram impressas muitas outras páginas com figuras anatômicas, intituladas não em latim (como todas as obras para médicos), mas sim em várias línguas vulgares. Houve um grande interesse, por exemplo, na concepção e na formação do feto humano. O uso freqüente da frase “conhece-te a ti mesmo” fala da orientação filosófica e essencialmente não médica. A “Dança da Morte” chegou a ser um tem muito popular, sobretudo nos países de língua germânica, após a Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos esqueletos e da anatomia humana dos artistas que as desenharam são melhores que as dos anatomistas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Mistura:Comum









Uma mistura é constituída por duas ou mais substâncias puras, sejam elas simples ou compostas. As proporções entre os constituintes de uma mistura podem ser alterados por processos químicos, como a destilação. Todas as substâncias que compartilham um mesmo SISTEMA, portanto, constituem uma mistura. Não se pode, entretanto, confundir misturar com dissolver. Água e óleo, por exemplo, misturam-se mas não se dissolvem. Isso torna o sistema água + óleo uma mistura, não uma solução.

Existem três tipos fundamentais de misturas: as homogêneas (homo: igual), as heterogêneas (hetero: diferente) e as coloidais.

http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensmedio/quimica/curva_aq3.gifhttp://www.infoescola.com/files/2009/10/image002.gif

Misturas: Azeótropo

Azeótropo é uma mistura de duas ou mais substâncias que, a uma certa composição, possui um ponto de ebulição constante e fixo, como se fosse uma substância pura, não podendo, por isso, seus componentes ser separados por processo de destilação.[1]

Misturas comuns não têm ponto de ebulição constante mas sim uma faixa de temperaturas na qual ocorre a mudança de fase, e nesse sentido o azeótropo é diferente, pois seu ponto de ebulição é fixo.

Um azeótropo pode ferver a uma temperatura inferior, intermediária ou superior às temperaturas dos componentes da mistura quando puros. Quando é inferior, chama-se azeótropo de mínimo ponto de ebulição ou azeótropo negativo. Quando é superior, azeótropo de máximo ponto de ebulição ou azeótropo positivo.

Outra característica de um azeótropo é que a composição do líquido azeótropo e do vapor em equilíbrio com tal líquido é a mesma. Por exemplo, se um azeótropo é composto de duas substâncias, A e B, com proporções respectivas de 60% e 40%, quando vaporizado resulta em um vapor com os mesmos 60% de A e 40% de B.

Um exemplo comum de azeótropo é a mistura de álcool etílico a 95% e água. O ponto de ebulição desse azeótropo é de 78,2 °C. Compare com os pontos de ebulição da água e do álcool etílico puros:

Substância Ponto de
ebulição (°C)
Água pura 100
Álcool etílico puro 78,4
Álcool etílico (95%) / água 78,2

A maior parte dos azeótropos são azeótropos de mínimo. Substâncias imiscíveis formam geralmente azeótropos de mínimo.

TX-Diagram-pt.jpg

Na figura acima, existem diagramas T-x de três misturas binárias. O gráfico à esquerda é de uma mistura ideal de A e B, sem formação de azeótropo, com as linhas de líquido e vapor saturados variando desde a temperatura de ebulição de A, a mais baixa, até a de B, a mais alta. O gráfico central é de uma mistura binária de C e D que forma um azeótropo de mínimo. Veja que a temperatura no azeótropo é menor do que as temperaturas de ebulição de C e de D quando puros. O gráfico à direita é de uma mistura binária E e F que forma um azeótropo de máximo. A temperatura no azeótropo é maior do que as temperaturas de ebulição de E e F quando puros.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ilhas Marshall

Aolepān Aorōkin M̧ajeļ
Republic of the Marshall Islands

República das Ilhas Marshall
Bandeira das Ilhas Marshall
Brasão de Armas das Ilhas Marshall
Bandeira Brasão de armas
Lema: "Jepilpilin ke ejukaan"
("Realizações mediante um esforço comum")
Hino nacional: Forever Marshall Islands
Gentílico: Marshalês, Inglês

Localização das Ilhas Marshall

Localização das Ilhas Marshall no Pacífico
Capital Majuro
7°04′S, 171°16′E
Cidade mais populosa Majuro (24.000)
Língua oficial Marshalês, Inglês
Governo República democratica Presidencial em Livre Associação com o Estados Unidos
- Presidente Ruben Zackhras
Independência dos Estados Unidos
- Data 21 de outubro de 1986
Área
- Total 181,4 km² (187º)
- Água (%) Insignificante
População
- Estimativa de 2009 62.000 hab. (205º)
- Censo 2003 56,429
- Urbana 67% hab. (205º)
- Densidade 358 hab./km² (20º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
- Total US$115 milhões (220º)
- Per capita US$2.900 (195º)
Indicadores sociais
- IDH (1998) 0,563 (n/aº) – médio
- Esper. de vida 71,19[1] anos (101º)
- Mort. infantil 25,45/mil nasc. (138º)
Moeda Dólar americano (USD)
Fuso horário UTC +12 (UTC)
Clima equatorial
Cód. Internet .mh
Cód. telef. +692
Website governamental [1]

Mapa das Ilhas Marshall

As Ilhas Marshall, ou raramente Ilhas Marechal[2] são um país da Micronésia, cujos vizinhos mais próximos são Kiribati, a sul, os Estados Federados da Micronésia, a oeste, e a ilha Wake, pertencente aos Estados Unidos da América, a norte.

Embora tenha a constituição de uma república, este território é um "Estado Livremente Associado" aos Estados Unidos da América.


História

Embora as Ilhas Marshall tenham sido povoadas por micronésios no Segundo milénio a.C., pouco se sabe da história primitiva das ilhas.

Chegada dos Europeus

O explorador espanhol Alonso de Salazar foi o primeiro europeu a avistar as Ilhas Marshall em 1526, mas as ilhas permaneceram virtualmente sem ser visitadas durante vários séculos, até à chegada do capitão inglês John Marshall em 1788, que deu o seu nome às ilhas.

Uma companhia comercial alemã fixou-se nas ilhas em 1885, e alguns anos mais tarde elas tornaram-se parte do protectorado da Nova Guiné Alemã.

Primeira Guerra Mundial

Sob o controle do Império Alemão, o Japão conquistou as ilhas na Primeira Guerra Mundial e passou a administrá-las sob mandato da Liga das Nações quando a Alemanha renunciou a todas as suas posses no Pacífico.

Ao contrário do Império Alemão, que tinha interesses econômicos principalmente na Micronésia o Japão queria utilizar as ilhas para aumentar seu território e conter a super população do país. O Japão deixou a Liga das Nações em 27 de Março de 1933 mas mesmo assim continuou a administrar o local.

Segunda Guerra Mundial

Na Segunda Guerra Mundial, durante a Gilbert and Marshall Islands campaign na Batalha de Tarawa, os Estados Unidos invadiram as ilhas (1944) e, depois da derrota do Japão, começou a administrá-las dentro do Território Fiduciário das Ilhas do Pacífico. Durante a batalha, as ilhas sofreram danos gigantescos e sofreu com uma grande escassez de alimentos.

Depois da Segunda Guerra


Teste nuclear nas Ilhas Marshall no "Pacific Test Site" ("Locais de teste do Pacífico")

Os EUA começaram a realizar testes nucleares nas ilhas entre 1946 e 1958, prolongando-os até à década de 1960. Devido aos testes, muitos marshalleses adoeceram com elevados níveis de radiação, e até hoje há pedidos de compensação. Na ilha do Bikini por exemplo, todos os alimentos que são de sua origem têm altos níveis de radiação, o que causou a desabitação da ilha.

Em 1979, foi estabelecida a República das Ilhas Marshall e foi assinado um Tratado de Livre Associação com o governo dos EUA, que se tornou efectivo em 1986.

Política


Casa presidencial em Majuro.

O presidente das Ilhas Marshall é chefe de estado e do governo e é eleito pelo Nitijela (parlamento), e dentre os membros daquele órgão nomeia os ministros. Tem dois órgãos legislativos, o Parlamento e o Conselho dos Chefes.

As eleições para o parlamento, que tem 33 deputados, são realizadas de 4 em 4 anos.

Em 1986, o governo das Ilhas Marshall assinou um Tratado de Livre Associação com os EUA, que passaram a ter autoridade total e responsabilidade pela defesa do território, além de terem instituído um programa federal de assistência.

Subdivisões

As Ilhas Marshall dividem-se em 33 municípios, que correspondem às ilhas e atóis habitados.

Geografia


Praia nas Ilhas Marshall

As Ilhas Marshall compreendem 29 atóis e 5 ilhas, agrupadas em duas secções, uma oriental chamada Grupo Ratak (“Ratak Chain” em inglês, e que significa o nascer-do-sol) e outra a ocidente, Ralik (que significa o pôr-do-sol). Dois terços da população vive em Majuro, a capital, e em Ebeye.

Economia


A economia do país é quase totalmente dependente da ajuda norte-americana e possui um enorme sector estatal, responsável pela maior parte do emprego. A razão entre as importações e as exportações é de cerca de 11 para 1, e todo o combustível tem de ser importado. De salientar que uma parte das receitas das ilhas Marshall advém do aluguel do atol Kwajalein aos EUA, para testes de misseis.

Em diversos atóis é a economia de subsistência que sobrevive, principalmente no sector agrícola e da pesca. As principais produções são as de coco, melões e fruta-pão. O turismo emprega cerca de 10% da população, e é a principal fonte de divisas estrangeiras. Apesar de ser um local paradisíaco, o turismo nas Ilhas Marshall é muito pouco explorado, devido a dificuldade de se chegar ao local, a concorrência com outras ilhas e o medo infundado de alguns turistas de supostas contaminações.

Demografia

A população das ilhas Marshall é de origem micronésia, e segue uma religião protestante (cerca de 90% da população). Tem uma expectativa de vida de 66 anos, e a taxa de mortalidade infantil é de 39 por cada mil crianças.